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Carros Elétricos e os Carregadores em Condomínios: Como se Preparar para o Futuro da Mobilidade

  • Foto do escritor: Renata M.
    Renata M.
  • 16 de mai.
  • 3 min de leitura

O crescimento da frota de veículos elétricos no Brasil tem impulsionado uma nova demanda nos condomínios: a instalação de carregadores para esses carros. Este artigo traz um panorama sobre a necessidade de adaptação dos empreendimentos residenciais, com orientações práticas sobre como implantar a infraestrutura adequada, responsabilidades legais e técnicas, e cuidados com o controle de carga elétrica para garantir segurança e eficiência energética.


Com a crescente adesão aos carros elétricos, impulsionada pela busca por soluções mais sustentáveis e econômicas, os condomínios residenciais precisam se adaptar a essa nova realidade. A ausência de estrutura adequada pode se tornar um fator limitante tanto para moradores quanto para o próprio mercado imobiliário. No entanto, a instalação de carregadores exige planejamento técnico, jurídico e financeiro.


A Nova Demanda: Mobilidade Sustentável e Infraestrutura


Carro Elétrico sendo Carregado

A frota de veículos elétricos cresce a passos largos no Brasil. Incentivos governamentais, economia no custo por quilômetro rodado e menor impacto ambiental tornam o veículo elétrico uma escolha cada vez mais atrativa. Como consequência, surge a necessidade de recarga residencial, principalmente em condomínios verticais, onde há limitações de estrutura. Para a implantação dos carregadores dos carros elétrico, segue algumas dicas:


1. Análise Técnica da Capacidade Elétrica

Antes de qualquer instalação, é essencial contratar um engenheiro eletricista ou empresa especializada para avaliar a capacidade elétrica do condomínio. O estudo técnico identificará:

  • Capacidade atual do sistema elétrico

  • Possíveis pontos de sobrecarga

  • Necessidade de upgrade do quadro geral ou aumento de carga junto à concessionária.


2. Alteração e/ou Elaboração de Regulamento Interno

O condomínio deve criar ou revisar seu regulamento interno para tratar especificamente da instalação e uso de carregadores, abordando:

  • Responsabilidades do morador que solicita a instalação

  • Tipo de equipamento permitido

  • Forma de rateio ou individualização do consumo


3. Aprovação em Assembleia

Mesmo sendo uma solicitação individual, a instalação de carregadores em áreas comuns ou o uso da energia coletiva exige deliberação em assembleia. A maioria simples é suficiente, desde que não haja alterações significativas na estrutura.


4. Instalação Individualizada ou Coletiva

Existem dois modelos principais:

  • Individualizada: o morador instala o carregador em sua vaga, com medição exclusiva e custo por sua conta.

  • Coletiva: o condomínio instala pontos compartilhados, com sistema de controle e cobrança proporcional do uso.


É de suma importância se atentar quando as responsabilidades legais e técnicas, considerando os pontos:


  • Responsabilidade do Condômino: Caso a instalação seja individual, o morador arca com todos os custos, contratação de profissionais habilitados e precisa respeitar os parâmetros definidos pelo condomínio.

  • Responsabilidade do Condomínio: Se for uma estrutura coletiva, o condomínio é responsável pela manutenção, segurança e gestão do uso.

  • Segurança e AVCB: Toda alteração elétrica deve seguir as normas da ABNT, NR10 e normas do Corpo de Bombeiros, podendo impactar o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).


Logo de Carregar Carro

Com a introdução de carregadores, é essencial garantir o equilíbrio da carga para evitar quedas de energia ou incêndios:

  • Instalar sistemas de monitoramento de consumo;

  • Criar horários alternados de uso (se compartilhado);

  • Avaliar soluções com tecnologia de balanceamento de carga;

  • Priorizar modelos de carregadores com limite de corrente ajustável;


Em conclusão, a instalação de carregadores para carros elétricos é uma tendência irreversível e representa um avanço importante para a sustentabilidade e modernização dos condomínios. Com planejamento técnico, regras claras e diálogo entre moradores e administração, é possível implementar essa inovação de forma segura, eficiente e sem comprometer a infraestrutura elétrica existente. ■

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